Teoria Contábil

Teoria Contábil "Conjunto de principios da ciência da contabilidade positivados pela Doutrina, ou seja, opiniões sistematizadas por conjuntos de informações que tem por objeto o conhecimento cientifico, visando explicar os seus condicionamentos, sejam eles tecnológicos, históricos, linguisticos ou sociais." -- Moderno Dicionario Contábil da Retaguarda à Vanguarda -- Hoog Zappa --

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Teoria Contábil e a Contabilidade

Teoria contábil como linguagem

Muitos consideram a contabilidade como a linguagem dos negócios. Os teóricos afirmam que a três perguntas a serem feitas a respeito de uma linguagem e das palavras e frases que compõem essa linguagem:

Que efeito terão as palavras sobre os ouvintes? Que significado terão essas palavras, se houver algum? As palavras fazem sentido lógico?

As respostas a essas perguntas formam parte do estudo de uma linguagem. A pragmática é o estudo do efeito da linguagem; a semântica é o estudo do significado da linguagem; e a sintaxe é o estudo da lógica ou gramática da linguagem.

Embora quase toda pesquisa atual em contabilidade tenha orientação pragmática, a semântica e a sintaxe também são importantes na teoria da contabilidade. Sob a dimensão pragmática, é preciso considerar que a informação contábil deve ser suficientemente relevante para melhorar a qualidade das decisões de seus usuários. Isto significa que deve haver compatibilidade em grau satisfatório entre o conteúdo dos relatórios contábeis e os objetivos de seus destinatários. Destas considerações, depreende-se que a informação contábil não possui um fim em si mesmo, mas somente pode ser útil quando se apresenta em condições de melhorar a qualidade das decisões de determinados usuários. Aqui, temos a chamada relevância pragmática da informação contábil. A semântica é importante porque, em termos ideais, a informação contábil possui conteúdo reconhecido tanto por seus produtores como por seus usuários. Em contabilidade, a sintaxe é importante porque, idealmente, uma informação contábil está logicamente relacionada à outra.

Os números e as classificações contábeis variam no que diz respeito à interpretação que pode ser feita pelo leitor de relatórios contábeis. Como exemplo podemos mencionar o item caixa, no balanço, é compreendido basicamente como os contadores pretendem. Por outro lado, a classificação despesas diferidas não tem qualquer interpretação especifica alem dos processos estruturais que lhe deram origem. O papel das teorias que enfatizam a semântica consiste em encontrar maneiras de melhorar a interpretação das informações contábeis em termos da observação e de experiências humanas.

A teoria da contabilidade concentra-se nos conjuntos de princípios subjacentes e, presumivelmente, fundamentais para pratica contábil. Como mencionou um historiador italiano, Guglielmo Ferrero (1956 p.2):
A teoria que da aos fatos valor e sentido, geralmente é muito útil [...] porque lança luz sobre fenômenos que ninguém observou, força o exame, de muitos ângulos, de fatos até então não estudados, e dá impulso a pesquisas mais amplas e produtivas.
Desde o momento que começamos a estudar contabilidade defrontamos com questões como essa – em outras palavras com questões teóricas. A que conclusões chegamos depois dessa breve analise? Quão distante está a teoria da contabilidade com a contabilidade? As respostas a essas perguntas são extremamente claras e extensas uma vez que é inegável o valor da teoria numa ciência como a contabilidade.

CONHECENDO AS TEORIAS

São inúmeras teorias que precisam de estudos cuidadosos para nossa evolução contábil. Com o intuito de contribuir para essa evolução o blog passará a publicar uma série de artigos intitulados “CONHECENDO AS TEORIAS”. Não haverá uma ordem especifica para as publicações dos artigos, mais é relevante lembrar que os artigos dessa série serão publicados sempre do ponto de vista teórico qualquer outro aspecto não teórico que se julgar relevante será publicados em artigos alheios para esclarecimento adicional.